domingo, 22 de março de 2009

Sayonara

Boas. Hoje, 22/03/09, coloco aqui meu último post. Amanhã será um dia complicado, tenho de resolver ainda pequenas coisas e tentar fechar as malas que nunca fecham. Terça de manhã pego um voo que só alcançará Brasília na quarta de manhã... Portanto agora é o tempo que eu tenho para dizer a todos vocês muito obrigado pela força. Obrigado pela leitura do blog, obrigado pelos comentários. Hoje me despeço virtualmente para encontrá-los pessoalmente. E digo adeus ao Japão, que me acolheu da melhor forma possível, e onde fica um pedaço dos melhores dias da minha vida. Beijos a todos, sayonara e até logo.

quinta-feira, 19 de março de 2009

valeu a pena?


Boas. Estamos chegando ao fim. Terça-feira pego meu voo de volta ao Brasil, o que significa que na segunda ou mesmo no domingo devo colocar aqui o último post do blog. Esse blog nasceu com a função de manterem informados aqueles que queriam saber como estavam as coisas por aqui, com a minha volta ao Brasil o blog perde a razão de ser.
Uma das coisas que imagino me vão perguntar quando chegar aí, é o famoso : e aí, valeu a pena? Muitos por aí achavam que eu não deveria vir por aqui. Afinal, agora chegando ao Brasil, não vou ganhar mais dinheiro, não darei um super salto profissional, blá, blá blá. Bem, com essas pessoas é impossível argumentar, porque por conta de uma estreiteza de alma só conseguem ver as coisas que são palpáveis. São cegos do coração. Nesse um ano e meio por cá, aprendi muito. Aprendi sobre educação, sobre mundo, sobre Brasil e, sobretudo, sobre mim mesmo. O que ganhei não se mede em reais ou yens. Mas também não se perde... Se um dia você tiver a oportunidade de viajar por aí e conhecer outras culturas, faça. Haverá uma porção de pessoas infundindo na sua cuca todos os medos e frustrações que elas carregam, tentando te dizer que fique, que isso é loucura, mas não se assuste. Fora da gaiola há bichos, é verdade, mas também há amigos, amores, cores diferentes, sabores exóticos. Não tenha medo das mudanças. Não se pode banhar duas vezes em um mesmo rio, diria Heráclito. Sei que quando chegar aí, tudo terá mudado, porque mudei eu. Mas nada me assusta. Tenho a certeza de que posso ir a qualquer lugar do mundo, viver em meio a qualquer gente, porque sempre carrego comigo tudo o que se precisa para ser feliz. Do que mais tenho saudades, não é de comida, de coisas, o que teno saudades mesmo é de sentar e conversar com meus amigos, alunos, familiares. Só tenho saudades das gentes...Mas saudades é bicho tinhoso, mata-se daqui e ela surge dali. Deixo tantos aqui de que sentirei tantas saudades. Mas isso é bom. Só me dá a certeza de que sim, valeu demais.

terça-feira, 17 de março de 2009

de volta





























Boas. Estou de volta a civilizacao. Ao mundo dos carros que não fazem barulho. Depois de um ano e meio de Japão, é incrível como é difícil de se habituar a desarrumação, sujeira e pilantragem do terceiro mundo. Mas as Filipinas são também muito belas. Então, aproveitando que eu estou de volta ao mundo da internet rápida, aí estão algumas fotos da Ilha do seu Filipe.

Filipinas em preto e branco





domingo, 15 de março de 2009

Quando o amor faz mal

Dizem que uma foto vale mais do que mil palavras. Mas as vezes precisamos de algumas palavras para explicar a foto. Os filipinos, amam, como dizemos por aí, de paixão, os americanos. Por aqui as crianças pobres nas favelas improvisam aros de basquetebol nos coqueiros. Depois de quase 300 anos de colonização espanhola, a segunda língua, aquela em que as crianças aprendem ciências, matemática e artes na escola é o inglês. E não é um inglês qualquer. Os rrrr são tão puxados que fazem inveja até a Sarah Palin. No pouco que vi de televisão aqui, os apresentadores cool quando têm de falar um número o falam em inglês, embora os pobres, dentro dos jeepneys, usem os números em espanhol. Muitas ruas têm ainda o nome em espanhol, como magalhães por exemplo, que apesar de ser escrito assim é pronunciado por eles como no inglês magellan. Mas as vezes o amor faz mal.
Vejam o exemplo da foto. São dois irmãos gêmeos: Carl and Clark Louise. Ok, os nomes são horríveis. Principalmente porque um deles é a junção de Clark Kent com Louise Lane. Mas isso é problema menor. O pior ,es,o para essas crianças é a obesidade. Obesidade que se vê em 70 por cento das crianças e adultos por aqui ( Preciso dizer contudo que há umas mulheres filipinas que estão, digamos, no ápice da forma, mas isso é assunto para mais tarde) O problema é que as cadeias de fast food americano são uma praga aqui. Eles adoram. E tem de tudo, Wendys, fridays, Burger king. Em uma rua que fiquei hospedado eram dois starbucks, em um país onde 60 por cento vive com menos de 2 dólares ao dia. Dunking Donuts, Mister donuts, pizzas huts, greenwichs, seven eleven's, há de tudo. E os filipinos lotam esses lugares. Os deixa mais perto do seu grande amor, os U.S.A. É uma pena, porque há muita comida boa e nutritiva por cá. Mas enfim, o amor é cego. E no caso da mãe dos meninos da foto, pode também ter mau gosto!

Fotos de hoje




Boas. Ainda nas Filipinas, mas amanhã já estarei de volta ao Japão. É que em oito dias eu volto para o Brasil e ainda não arrumei as malas, quer dizer, nem desarrumei essas daqui. Muitas histórias para contar, mas por aqui o tempo anda escasso. Mas posso dizer que foi uma viagem bem legal. Ontem eu passei a noite em uma ilha que é também uma reserva florestal. Nem luz tem por lá. Essas fotos eu tirei lá hoje de manhã.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Ainda nas ilhas do seu Filipe


Boas. Notícias do Oriente, direto das Filipinas. Sabe lugar comum? Clichê? Pois bem, hoje, navegando pelas ilhas, achei essa ilha aí, abandonado pelo dono, um japonês que foi pro Japão. Lugar bonito que só, abandonado. Ilha deserta. Um clichê mais do que bonito.










Ainda na minha Ilha clichê. Pensando. Em nada.














Estou postando essas fotos direto de um café desses que fornecem wi-fi, o que parece ser cada vez mais comum em qualquer lugar do mundo. Hoje eu peguei um barco uns três capiau daqui e fui ver o que é que as Filipinas têm de bom. Bem, paramos em uma ilha essa aí da foto, pra olhar passarinho. Pode parecer besteira, mas é bonito que só. E além do mais, você já pode ter ido a Miami, ter feito compras na Europa, mas aposto que nunca parou pra olhar passarinho nas Filipinas...





Aqui estou em não sei bem se a a qual bordo, talvez a bom bordo, observando o mar da ponta do barco.











Aí está o que o capiau chamou de "torre de observação" ou seja, casinha de ver passarinho. Com a maré alta, ficou no meio de uma piscina azul que só vendo.











Depois de ver os passarinhos fui ver os peixinhos. Como a água é bem transparente, se pode ver tudo. Depois disso você nunca mais vai querer ver um aquário.












Como eu sou um turista de terceiro mundo, não tenho pacote de viagens nem guias. A coisa é feita meio na cara e na coragem. Aqui estou eu desembarcando no meio de um manguezal, já que o barco não podia prosseguir.











Andando em uma estradinha qualquer das Filipinas. Caçando flor.












Achei uma. A gente vai ficando velho vai começando a criar umas manias esquisitas. Eu agora virei retratista de flor.











Chocolate Hills, em Bohol, Filipinas. São mais de mil dessas aí.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Cenas curtas das Ilhas do rei Filipe















Menor vulcão do mundo que fica dentro de um lago. No vulcão tem um lago, que é o menor lago do mundo que fica dentro de um menor vulcão do mundo que fica dentro de um lago. No lago que fica dentro do vulcão que fica em um lago tem um pato, mas é de tamnaho normal mesmo.
















O bravo e destemido (porque ninguém o teme mesmo) navegador brasileiro David, primeiro homem a fazer rafting de chapéu de palha e carregando um laptop.
















Um manguezal, lugar por onde chegou Fernão de Magalhães, navegador português , a serviço da coroa espanhola, primeiro homem a fazer a circunavegação, primeiro europeu a navegar as águas do pacífico, mas que tinha um defeito que se mostrou fatal: gostava de fazer uma média. Quando chegou as (perdão, não há crases nos computadores por cá) Filipinas, cristianizou o rei e a rainha do lugar, e eles, em troca, pediram um favorzinho: para que Fernão de magalhães fossse as ilha de Cebu, mais ao sul, e matasse o inimigo deles, Lapu-Lapu, que afinal nem cristão era. Fernão de Magalhães foi, mas foi Lapu-Lapu quem matou o navegador potuguês, a serviço da espanha, aqui mesmo.
















Meu chapéu Filipino que contemplava as águas do pacífico enquanto eu comia um Bangus, peixe mais popular dessas bandas.
















Eu, correndo para o mar, no melhor estilo S.O.S Malibu, ou mais honesto seria dizer no melhor estilo tartaruguinha do projeto Tamar.
















Aí está a estátua que os Filipinos fizeram para Lapu-Lapu, a 10 metros do monumento que os espanhóis fizeram, em 1866 a Fernão de Magalhães, no lugar onde o espanhol foi morto.


















Para quem gosta do cheiro de napalm pelas manhãs: local onde o filme apocalypse now foi filmado.


Respondendo:

Ruth: Thanx for the chocolate! Depois eu quero ver as fotos...

Chris: Moleza? Você acha que é fácil ficar na praia nesse calor comendo peixe, fazendo rafting, andando de jeepney? É dureza!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Filipinas informações básicas


Boas. Algumas informações básicas das Filipinas.

1) Ex-colônia espanhola, ex-colônia americana, fala-se o Filipino, mas como as aulas até a 8a série são em inglês, todo mundo também fala inglês. É possível ouvir palavras espanholas aqui e acolá no Filipino.

2) Um dos maiores exportadores de enfermeiras do mundo, principalmente para países como Austrália e Japão, onde as moças de família já não querem mais ser enfermeiras...

3) Manila sofre de uma poluição do ar violenta por conta dos seus 10 milhões de habitantes milhares de jeepnees da Segunda Guerra e mais outros tantos milhares de carros. Trânsito caótico, impossível. São Paulo é coisa de amador perto disso aqui.

4) Praias maravilhosas, principalmente no sul do arquipélago, para onde eu vou me deslocar em alguns dias...

Jeepneeys
















Boas. Hoje eu resolvi mostrar para vocês o que é um transporte alternativo realmente alternativo - os jeepneeys. Jeepneeys são esses carros, ou coisas que se parecem com carros, deixados pelos americanos no final da segunda guerra por essas bandas, que os locais adaptaram para ser o lotação das Filipinas. Não é muito confortável, é barulhento, e se você não toar muuuito cuidado pode ficar sem a sua carteira, mas é uma experiência interessante. Uma viagem custa mais ou menos 40 centavos. É barato, como tudo aliás nas Filipinas. Uma corrida de taxi, com o taxista fazendo caminhos tortuosos e te passando a perna de todos os jeitos possíveis, vai sair por oito reais. Principalmente quando comparo ao Japão, acho muito barato. Mesmo assim não tenho pegado taxis por aqui não. É porque o que vale é sempre a lógica interna do país, um taxi por 8 reais é barato, mas se eu posso pegar um jeepney por 40 centavos...

quarta-feira, 4 de março de 2009






Boas. estou nas Filipinas. Cheguei aqui ontem, em um voo das Philippines airlines. Bem, foi bom porque eu vim sozinho em três poltronas. Mas sair do Japão e cair nas Filipinas é um pouco, diríamos, chocante. Ainda mais que eu optei por economizar uma grana com taxi, e acabei pegando os transportes alternativos locais, que são bem mais alternativos do que os nossos. Hoje eu fui a praia, pra relaxar um pouco, sabe como é, aqui faz uma temperatura constante de 32 graus, não interessa a hora do dia ou da noite. Muito bom. Agora estou postando de um cafe desses aí, e ao mesmo tempo conversando com um americano que está apaixonado por uma garota local, tô fingindo escutar o que ele diz enquanto escrevo. Bem depois eu tento voltar com mais detalhes e fotos, até,



respondendo:


Cláudia: pois é, voltando..

Priscila: Festa? Num sei quem sabe...

Rafael: tudo bem eu acho que posso viver com essa perda...

Sarah: Eu não sou muito do tipo sono pós voo não...